Como melhorar sua cobrança: estratégias, argumentos e ferramentas que realmente funcionam

Por
Fábio Gaudêncio
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Cobrança não é novidade pra você. A operação está montada, os canais estão ativos, o time roda... mas os resultados não chegam. A inadimplência segue alta, os acordos não fecham, e a equipe já nem sabe mais o que testar.

Se você sente que sua operação de cobrança está travada, mesmo com estrutura, esse conteúdo é pra você.

Aqui não vamos falar do básico. A ideia é ir direto ao ponto: entender onde estão os gargalos invisíveis, como usar a inteligência de dados a seu favor e, principalmente, como transformar seus scripts e abordagens em algo que realmente gere resultado sem desgastar o relacionamento com o cliente.

Diagnóstico: por que sua cobrança não funciona hoje?

Você tem CRM, tem régua de cobrança, tem time dedicado. Mas ainda assim, o dinheiro não entra como deveria. O que está acontecendo?

Em operações grandes, os erros não costumam ser gritantes, eles são sutis e repetitivos, o que os torna perigosos. Veja alguns sinais clássicos de que a operação precisa de uma revisão estratégica:

  • Muito recontato, pouca resolução: o cliente é cobrado mais de uma vez, mas o problema segue sem solução.
  • Scripts genéricos demais: o time fala, mas não conecta. E o cliente ignora.
  • Foco no processo, não no cliente: a régua segue rodando, mas ninguém para pra entender por que aquele cliente não pagou.
  • Prioridade mal definida: você trata igual quem está há 7 dias e quem está há 70 dias inadimplente.
  • Falta de monitoria real do atendimento: ninguém revisa se o que está sendo falado no WhatsApp ou no telefone realmente faz sentido.

Estratégias que funcionam (e humanizam) a cobrança

Se a cobrança está travada, pode apostar: o problema não é só do cliente. Muitas vezes, a forma como o contato é feito faz o cliente travar também.

Aqui vão algumas estratégias práticas para destravar essa relação, sem perder firmeza.

Segmentar de verdade (não só por dias de atraso)

Na prática, muita régua de cobrança só muda o texto do WhatsApp conforme os dias passam. Mas e se você segmentasse com mais inteligência?

  • Clientes de alto valor devem ser cobrados de forma personalizada.
  • Clientes que sempre pagaram em dia merecem um tom diferente na cobrança.
  • Clientes novos inadimplentes exigem um cuidado especial: errar nesse momento pode gerar churn.

✂️ Se você trata todos os inadimplentes da mesma forma, está cobrando errado desde o início.

Scripts que não parecem scripts

Um dos maiores problemas nas grandes operações é o script engessado. O atendente lê, o cliente percebe, e a conversa já nasce morta.

Olha a diferença:

❌ Script tradicional:

"Olá, estamos entrando em contato para informar que sua fatura está em aberto. Por favor, regularize."

✅ Script com escuta e proposta:

"Oi, [nome]. Tudo bem? Vi que a fatura venceu há alguns dias. Queria entender se teve algum imprevisto ou se posso ajudar de alguma forma pra resolver isso junto com você."

Não se trata de ser bonzinho — se trata de parecer humano. E isso faz diferença, especialmente em canais como WhatsApp e voz.

Técnicas de contorno de objeções que funcionam

Se o cliente responde “não posso pagar agora”, como seu time reage?

A maioria trava. Mas existem técnicas simples que destravam a conversa e aumentam a taxa de acordo:

  • Reformulação de objeções:
    “Entendo que está pesado agora. Posso te apresentar opções que caibam melhor no seu orçamento?”
  • Alternativas com ancoragem:
    “Você prefere pagar à vista com desconto ou parcelar em duas vezes sem juros?”
  • Validação + proposta:
    “Imagino que esse mês esteja puxado. Podemos deixar uma entrada pequena e renegociar o restante mês que vem?”

Pausa rápida

Se você chegou até aqui, talvez queira algo ainda mais direto: Temos um material com 100 scripts de atendimento testados e aprovados que você pode adaptar hoje mesmo.

Ferramentas e canais: use a tecnologia a seu favor

Uma boa cobrança começa com pessoas, mas escala com tecnologia. E aqui vale a pena olhar com atenção: será que sua operação está automatizando o que deveria ou desumanizando o que não pode?

Canais: cada um com sua força

  • WhatsApp: mais conversacional, mais pessoal, mais rápido. Mas exige abordagem cuidadosa — ou vira só mais uma mensagem ignorada.
  • E-mail: ótimo para registros formais, mas geralmente tem baixa taxa de resposta.
  • Telefone: excelente para negociações e resolução de impasses. Mas só funciona se o atendente estiver bem treinado.
  • SMS e push: bons como lembretes de vencimento, não como canal principal.

💡 Dica rápida: combine canais. Uma régua bem pensada pode começar no WhatsApp, passar por e-mail e terminar com uma ligação estratégica.

Automatizar não é robotizar

Automação ajuda a escalar, mas o segredo está em como ela é usada.
Veja exemplos de boas práticas:

  • Régua personalizada por perfil de cliente (não só por tempo de atraso).
  • Alertas automáticos para oportunidades de renegociação (ex: cliente respondeu "posso pagar na sexta").
  • Classificação automática de atendimentos com IA, para identificar tentativas reais de resolução, problemas de abordagem ou risco de churn.

E o mais importante:

🔍 Monitorar o que está sendo dito.
Muita operação bem estruturada perde dinheiro porque não monitora o atendimento real. Scripts que pareciam ótimos na teoria não funcionam na prática, e ninguém percebe.

Algumas boas métricas para usar na cobrança

Cobrança sem dados é só insistência. E cobrança com as métricas erradas é insistência com planilha bonita.

Os indicadores que realmente importam:

  • Taxa de recuperação: quanto da inadimplência está sendo recuperado — com corte claro por faixa de atraso.
  • Tempo médio de regularização: da cobrança ao pagamento.
  • Volume de recontatos por cliente: se você precisa cobrar várias vezes a mesma pessoa, algo está errado no discurso ou na régua.
  • Conversão por canal: onde a cobrança realmente acontece? (E por quê?)
  • Taxa de resolução no primeiro contato: fundamental para não virar uma operação de "lembrança", em vez de resolução.
  • Qualidade do atendimento na cobrança: sim, dá pra (e deve-se) medir isso — principalmente com apoio de IA.

Casos reais e aprendizados que se repetem

Mesmo sem citar nomes, algumas lições se repetem em grandes operações que conseguimos acompanhar de perto:

  • Scripts prontos funcionam... até pararem de funcionar. Por isso, revisar, testar e ajustar constantemente é essencial.
  • A falta de escuta do cliente trava o acordo. Às vezes a pessoa até quer pagar, mas a abordagem afasta.
  • Régua automatizada demais perde timing e sensibilidade. Não adianta mandar WhatsApp cobrando segunda parcela se o cliente nem respondeu a primeira.

Próximos passos: como aplicar tudo isso hoje?

Não precisa reinventar a cobrança do dia pra noite. Comece com o que dá pra fazer agora:

  1. Revisite os scripts usados pela sua equipe hoje. Eles soam humanos ou são uma versão polida do “favor regularizar”?
  2. Segmente melhor seus inadimplentes. Quem merece um atendimento mais próximo? Quem responde melhor a um lembrete leve?
  3. Implemente uma rotina de escuta ativa. Alguém está realmente ouvindo o que os atendentes falam?
  4. Teste duas versões de abordagem para o mesmo perfil. E meça.
  5. Considere investir em uma solução de monitoria de atendimento com foco em cobrança. A gente conhece uma boa ;)

Pronto para testar?

A reativação de clientes inadimplentes é uma das formas mais rápidas e baratas de recuperar receita.Com uma estratégia bem estruturada — aliando abordagem humanizada, personalização e monitoria inteligente — sua operação pode sair do automático e começar a gerar resultados de verdade.

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